Nota: 9,0
Se fosse lançado há alguns anos atrás “O Cavaleiro Solitário” seria um sucesso garantido, mas sejamos justos, após quatro “Piratas do
Caribe”, “A Fantástica Fábrica de Chocolate”, “Alice No País das Maravilhas” e
“Sombras da Noite”, ver Johnny Depp fazendo um papel inusitado como o índio
Tonto nesse novo filme não é exatamente novidade e estrear no mesmo
fim de semana de “Meu Malvado Favorito” também não ajudou muito, sem falar no fato de o
Cavaleiro ser confundido com o Zorro (não, o Zorro não tem um cavalo chamado Silver,
ou um amigo índio chamado Tonto). Tudo isso contribuiu para o fracasso do longa
nas bilheterias, mas isso o torna um filme ruim? Não, nem de longe. No filme Tonto (Johnny Depp), um velho índio comanche, narra à um garoto dos anos 30 a verdadeira história do Cavaleiro Solitário. No Texas,
em 1869. John Reid (Armie Hammer), um advogado que retornou à sua
cidade-natal disposto a levar os
criminosos ao tribunal a qualquer custo, acompanha o irmão Dan (James Badge
Dale) e outros Texas Rangers a caça de um foragido, mas o grupo é atacado
pelos capangas de Butch Cavendish (William Fichtner) e todos são assassinados,
com exceção de John, que fica à beira da morte. O índio Tonto (Johnny Depp) o
encontra e percebendo que um mítico cavalo branco escolhe John, passa a
ajudá-lo, pois acredita que John foi escolhido e que, como voltou da morte, não
pode mais ser morto. A partir de então John passa a usar uma máscara e, ao lado
de Tonto, faz de tudo para reencontrar Cavendish, vingar a morte do irmão e
salvar sua família.
Baseado em um conhecido programa de rádio dos anos anos 30 (e
não no famoso Zorro), o filme reúne a equipe por trás de “Piratas do Caribe”, que
inclui o diretor GoreVerbinski e o produtor Jerry Bruckheimer em uma divertida aventura que mistura western, misticismo e um humor
digno dos Looney Tunes. Armie Hammer e Johnny Depp contribuem para o tom
descontraído da aventura, com uma química perfeita , mas o filme ainda conta
com uma ótima participação de Helen Bonham-Carter e tem um elenco eficiente com
destaque para William Fichtner e Tom Wilkinson. Verbinski capricha no visual da
produção e no nonsense, garantindo cenas de ação grandiosas e muito humor,
tudo bancado por um orçamento de mais de US$ 200 milhões cortesia do mega-produtor
Bruckheimer e da Disney.
Na verdade esta é uma aventura que deixa a um pouco da lógica e das leis
da física do lado de fora em nome da mais pura diversão e é o típico filme que não foi feito
pra quem gosta de altas doses de realismo, mas quer saber, as vezes o que mais
precisamos é fugir da realidade, deixar a fantasia tomar conta,  afinal já temos o dia a dia, os telejornais e o mundo lá fora. Se você está
precisando de diversão escapista e descompromissada, “O Cavaleiro Solitário” é
perfeito pra isso.
The Lone Ranger, EUA, 2013 direção Gore Verbinski produção de Jerry Bruckheimer e Gore Verbinski  roteiro de Justin Haythe, Ted Elliott e Terry
Rossio música Hans Zimmer com Johnny
Depp, Armie Hammer, Tom Wilkinson, William Fichtner, Ruth Wilson e Helena
Bonham Carter distribuição Walt Disney Pictures duração 149 minutos.  Aventura.
 



 
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