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quarta-feira, 17 de julho de 2013

Crítica: O Cavaleiro Solitário

Nota: 9,0

Se fosse lançado há alguns anos atrás “O Cavaleiro Solitário” seria um sucesso garantido, mas sejamos justos, após quatro “Piratas do Caribe”, “A Fantástica Fábrica de Chocolate”, “Alice No País das Maravilhas” e “Sombras da Noite”, ver Johnny Depp fazendo um papel inusitado como o índio Tonto nesse novo filme não é exatamente novidade e estrear no mesmo fim de semana de “Meu Malvado Favorito” também não ajudou muito, sem falar no fato de o Cavaleiro ser confundido com o Zorro (não, o Zorro não tem um cavalo chamado Silver, ou um amigo índio chamado Tonto). Tudo isso contribuiu para o fracasso do longa nas bilheterias, mas isso o torna um filme ruim? Não, nem de longe. No filme Tonto (Johnny Depp), um velho índio comanche, narra à um garoto dos anos 30 a verdadeira história do Cavaleiro Solitário. No Texas, em 1869. John Reid (Armie Hammer), um advogado que retornou à sua cidade-natal disposto a levar os criminosos ao tribunal a qualquer custo, acompanha o irmão Dan (James Badge Dale) e outros Texas Rangers a caça de um foragido, mas o grupo é atacado pelos capangas de Butch Cavendish (William Fichtner) e todos são assassinados, com exceção de John, que fica à beira da morte. O índio Tonto (Johnny Depp) o encontra e percebendo que um mítico cavalo branco escolhe John, passa a ajudá-lo, pois acredita que John foi escolhido e que, como voltou da morte, não pode mais ser morto. A partir de então John passa a usar uma máscara e, ao lado de Tonto, faz de tudo para reencontrar Cavendish, vingar a morte do irmão e salvar sua família.


Baseado em um conhecido programa de rádio dos anos anos 30 (e não no famoso Zorro), o filme reúne a equipe por trás de “Piratas do Caribe”, que inclui o diretor GoreVerbinski e o produtor Jerry Bruckheimer em uma divertida aventura que mistura western, misticismo e um humor digno dos Looney Tunes. Armie Hammer e Johnny Depp contribuem para o tom descontraído da aventura, com uma química perfeita , mas o filme ainda conta com uma ótima participação de Helen Bonham-Carter e tem um elenco eficiente com destaque para William Fichtner e Tom Wilkinson. Verbinski capricha no visual da produção e no nonsense, garantindo cenas de ação grandiosas e muito humor, tudo bancado por um orçamento de mais de US$ 200 milhões cortesia do mega-produtor Bruckheimer e da Disney.


Na verdade esta é uma aventura que deixa a um pouco da lógica e das leis da física do lado de fora em nome da mais pura diversão e é o típico filme que não foi feito pra quem gosta de altas doses de realismo, mas quer saber, as vezes o que mais precisamos é fugir da realidade, deixar a fantasia tomar conta,  afinal já temos o dia a dia, os telejornais e o mundo lá fora. Se você está precisando de diversão escapista e descompromissada, “O Cavaleiro Solitário” é perfeito pra isso.


The Lone Ranger, EUA, 2013 direção Gore Verbinski produção de Jerry Bruckheimer e Gore Verbinski  roteiro de Justin Haythe, Ted Elliott e Terry Rossio música Hans Zimmer com Johnny Depp, Armie Hammer, Tom Wilkinson, William Fichtner, Ruth Wilson e Helena Bonham Carter distribuição Walt Disney Pictures duração 149 minutos.  Aventura.


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