Nota: 10
Há uma ano atrás “O Hobbit: Uma Jornada Inesperada” assim como a nova trilogia de “Star Wars” dividiu o público e principalmente os críticos, que reclamaram da longa duração e do ritmo mais lento do filme, sem falar no novíssimo recurso HFR, que daria mais realismo ao 3D e gerou controvérsias. Agora com “A Desolação de Smaug” a nova trilogia dirigida por Peter Jackson passa por sua prova de fogo definitiva, reconquistar as plateias e manter o interesse para o grand finale, “Lá e de Volta Outra Vez”, que estréia no final de 2014 e coloca um fim às aventuras de Bilbo e da Companhia de 13 Anões. O filme começa com um flashback em Bri, onde Gandalf (Ian McKellen) encontra Thorin, Escudo de Carvalho (Richard Armitage) para discutir como unir os exércitos dos anões para retomar Erebor, o grande reino dos anões e dar um fim ao dragão Smaug. Para isso eles necessitariam de um ladrão para roubar a Pedra Arken, um símbolo dos dias de glória de Erebor. Um ano depois, os anões acompanhados por Bilbo (Martin Freeman) seguem em sua jornada à Montanha Solitária para dar cabo a tarefa de reaver o seu reino, passando por uma série de apuros incluindo uma passagem pela Floresta das Trevas e pela cidade de Valle, antes de se deparar com o terrível dragão Smaug. Já Gandalf se depara com a volta de um velho inimigo e a ameaça terrível que isto representa.
Peter Jackson para calar os detratores caprichou nas cenas de ação e nos efeitos visuais de ultima geração, sem falar no uso do 3D HFR (High Frame Rate) que projeta o filme à 48 quadros por segundo, ao invés dos usuais 24 quadros e assim como no filme anterior torna a ilusão do formato 3D mais perceptível, incomodando menos e garantindo um visual estonteante, afinal toda a pirotecnia é aliada às maravilhosas paisagens da Nova Zelândia.  O filme é grandioso e espetacular, mas sem deixar de lado os momentos de emoção como a bela cena entre Kili (Aidan Turner) e Tauriel (Evangeline Lily) nas masmorras do Rei Thranduil ou de tensão, como o embate com o assustador dragão Smaug, aqui na voz de Benedict Cumberbatch ( o vilão Khan do último Star Trek). Ainda traz a participação de personagens queridos do público, como o elfo Legolas (Orlando Bloom), e cenas adicionais retiradas dos apêndices de “O Senhor dos Anéis.”
Assim como “O Senhor dos Anéis – As Duas Torres”, “A Desolação de Smaug” tem a dura tarefa de levar a história de um ponto ao outro, mas não à sua conclusão, mantendo a tensão e garantindo o interesse para que as pessoas voltem e assistam ao ultimo filme, “O Hobbit: Lá e De Volta Outra Vez” daqui à menos um ano. A verdade é que o longa cumpre o que promete e faz isso com excelência, abandonando os personagens em um momento crucial, em um gancho perfeito para o terceiro filme e além disso faz as pazes com os críticos e com público, colocando a franquia novamente nos eixos. 
The Hobbit: The Desolation of Smaug, EUA, 2013 direção Peter Jackson roteiro de Fran Walsh, Philippa Boyens, Peter Jackson e Guillermo del Toro baseado no livro de J.R.R. Tolkien produzido por Carolynne Cunningham, Zane Weiner, Fran Walsh e Peter Jackson música de Howard Shore com Ian McKellen, Martin Freeman, Richard Armitage, Benedict Cumberbatch, Orlando Bloom, Evangeline Lilly, Lee Pace, Luke Evans, Ken Stott, James Nesbitt e Stephen Fry distribuição MGM/New Line/ Warner Bros. duração 161 minutos. Aventura/Fantasia. 
 



 
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