A Viagem
Nota:10
 Baseado no livro “Cloud Atlas” de David Mitchell, um livro considerado de difícil adaptação, “A Viagem” é o primeiro filme dos Irmãos Wachowski (Trilogia Matrix) desde “Speed Racer” e aqui eles dividem a direção com Tom Tykwer de “Corra, Lola, Corra”. Para variar os diretores não fizeram um filme simples, nem fácil, mesmo porque a história não permitiria e eles apostam na inteligência e na paciência do espectador para tentar conectar as seis tramas que compõem a narrativa ao longo de quase centenas de anos e que possuem uma interligação que cabe muito mais ao espectador encontrar, do que realmente aos cineastas apontar. No século XIX, Adam Ewing (Jim Sturgess) é um advogado enviado pela família para negociar a comprar de novos escravos. Ao retornar para casa, após passar mal, ele salva um escravo, Autua (David Gyasi), ele conta com ajuda do médico Henry Goose (Tom Hanks) para combater a doença que o aflige. Em 1930, o jovem e talentoso compositor Robert Frobisher (Ben Whishaw) ajuda o já idoso gênio da música, Vyvyan Ars (Jim Broadbent). Durante este trabalho e enquanto compõe sua própria obra, chamada de Sexteto Cloud Atlas, Robert encontra uma crônica escrita por Ewing perdida em um jornal em meio aos livros de Ars. Em 1970, a jornalista Luisa Rey (Halle Berry) conhece Rufus Sixmith (James d'Arcy) quando ficam presos em um elevador. Algum tempo depois, ele a procura para revelar uma conspiração acerca de um reator nuclear, com a morte misteriosa de Sixmith, Luisa acaba lendo uma série de cartas de um jovem chamado Robert Frobisher, enviadas a Sixmith quando jovem. Nos dias atuais, Timothy Cavendish (Jim Broadbent) é dono de uma pequena editora, que lançou um livro que dificilmente dará retorno financeiro. Entretanto, a situação muda quando o autor do livro mata um de seus críticos, tornando-se uma celebridade instantânea, Em uma Coreia do Sul do futuro (agora chamada de Nova Seul), Sonmi-451 (Donna Bae) é um clone que trabalha em um restaurante fast food. Ela foi programada para realizar diariamente as mesmas tarefas, sem manifestar qualquer reclamação, mas quando outro clone acaba, sem querer, despertando-a sobre sua existência, tudo muda. Em um futuro remoto, Nova Seul foi tragada pelas águas há 100 anos, o que fez com que o local viva uma realidade pós-apocalíptica. Nesta época vive Zachry (Tom Hanks), o líder de uma tribo que venera Sonmi como se fosse uma deusa. Sua vida muda quando Meronym (Halle Berry), uma integrante de grupo evoluído tecnologicamente mais evoluído, chamado Prescients, lhe pede para viver com sua tribo. O filme segue as histórias simultâneamente, envolvendo o espectador nos pequenos dramas e em grandes aventuras de cada um dos personagens, aqui vividos pelos mesmos atores em papéis diferentes em um trabalho de maquiagem arrojado e que torna às vezes impossível dizer quem é quem (Só nos créditos a duvida é sanada), sem falar que o elenco está impecável. Visualmente estonteante, os efeitos visuais são incríveis e incrívelmente complexo, “Cloud Atlas” é um filme que mesmo quando você se sente perdido, compensa e entretém. Um dos melhores filmes feitos em 2012 e um injusto fracasso de bilheteria, um filme que é apesar de difícil, não é menos recompensador por isso, que encontra resistência maior naqueles que preferem histórias mastigadas.
Baseado no livro “Cloud Atlas” de David Mitchell, um livro considerado de difícil adaptação, “A Viagem” é o primeiro filme dos Irmãos Wachowski (Trilogia Matrix) desde “Speed Racer” e aqui eles dividem a direção com Tom Tykwer de “Corra, Lola, Corra”. Para variar os diretores não fizeram um filme simples, nem fácil, mesmo porque a história não permitiria e eles apostam na inteligência e na paciência do espectador para tentar conectar as seis tramas que compõem a narrativa ao longo de quase centenas de anos e que possuem uma interligação que cabe muito mais ao espectador encontrar, do que realmente aos cineastas apontar. No século XIX, Adam Ewing (Jim Sturgess) é um advogado enviado pela família para negociar a comprar de novos escravos. Ao retornar para casa, após passar mal, ele salva um escravo, Autua (David Gyasi), ele conta com ajuda do médico Henry Goose (Tom Hanks) para combater a doença que o aflige. Em 1930, o jovem e talentoso compositor Robert Frobisher (Ben Whishaw) ajuda o já idoso gênio da música, Vyvyan Ars (Jim Broadbent). Durante este trabalho e enquanto compõe sua própria obra, chamada de Sexteto Cloud Atlas, Robert encontra uma crônica escrita por Ewing perdida em um jornal em meio aos livros de Ars. Em 1970, a jornalista Luisa Rey (Halle Berry) conhece Rufus Sixmith (James d'Arcy) quando ficam presos em um elevador. Algum tempo depois, ele a procura para revelar uma conspiração acerca de um reator nuclear, com a morte misteriosa de Sixmith, Luisa acaba lendo uma série de cartas de um jovem chamado Robert Frobisher, enviadas a Sixmith quando jovem. Nos dias atuais, Timothy Cavendish (Jim Broadbent) é dono de uma pequena editora, que lançou um livro que dificilmente dará retorno financeiro. Entretanto, a situação muda quando o autor do livro mata um de seus críticos, tornando-se uma celebridade instantânea, Em uma Coreia do Sul do futuro (agora chamada de Nova Seul), Sonmi-451 (Donna Bae) é um clone que trabalha em um restaurante fast food. Ela foi programada para realizar diariamente as mesmas tarefas, sem manifestar qualquer reclamação, mas quando outro clone acaba, sem querer, despertando-a sobre sua existência, tudo muda. Em um futuro remoto, Nova Seul foi tragada pelas águas há 100 anos, o que fez com que o local viva uma realidade pós-apocalíptica. Nesta época vive Zachry (Tom Hanks), o líder de uma tribo que venera Sonmi como se fosse uma deusa. Sua vida muda quando Meronym (Halle Berry), uma integrante de grupo evoluído tecnologicamente mais evoluído, chamado Prescients, lhe pede para viver com sua tribo. O filme segue as histórias simultâneamente, envolvendo o espectador nos pequenos dramas e em grandes aventuras de cada um dos personagens, aqui vividos pelos mesmos atores em papéis diferentes em um trabalho de maquiagem arrojado e que torna às vezes impossível dizer quem é quem (Só nos créditos a duvida é sanada), sem falar que o elenco está impecável. Visualmente estonteante, os efeitos visuais são incríveis e incrívelmente complexo, “Cloud Atlas” é um filme que mesmo quando você se sente perdido, compensa e entretém. Um dos melhores filmes feitos em 2012 e um injusto fracasso de bilheteria, um filme que é apesar de difícil, não é menos recompensador por isso, que encontra resistência maior naqueles que preferem histórias mastigadas.
Cloud Atlas. Alemanha/ EUA, 2012. Imagem. Direção de Tom Twyker, Andy Wachowski e Lana Wachowski. Com Tom Hanks, Halle Berry, Hugh Grant, Jim Broadbent, Hugo Weaving, Jim Sturgess, Keith David, Ben Whishaw, James D´Arcy, Xun Zhou, Doona Bae e Susan Sarandon. Distribuição Warner Bros. 172 min. Drama/Ficção.
Detona Ralph
Nota: 10
 Em um dos melhores desenhos da Disney nos últimos anos, Detona Ralph (John C. Reilly) quer muito ser tão adorado quanto seu adversário de jogo, o Mocinho Conserta Felix (Jack McBrayer). O problema é que ninguém gosta de Bandidos, então após ser humilhado na festa de aniversário do jogo que faz parte, Ralph decide que irá se tornar um herói, ganhando uma medalha e o direito de viver com os outros personagens de seu game, para isso ele parte em sua busca, passando por um moderno jogo de tiro em primeira pessoa, que encara como sua chance para o heroísmo e a felicidade. Ele invade o game, mas não demora a arruinar tudo, libertando sem querer um inimigo mortal que põe em risco todos os jogos do fliperama. A sua única esperança é Vanellope von Schweetz (Sarah Silverman), um “bug” de um jogo de corridas que acabará ensinando a Ralph o que significa ser um Mocinho. Colorido, inventivo e incrívelmente divertido, “Detona Ralph” tem ótimas cenas de ação e uma história que envolve e emociona, sem falar que as referências à games famosos e as várias aparições de personagens de games antigos e novos, divertem, ainda mais o público mais velho, já que as crianças menores ficarão encantadas pelo visual colorido e moderno. Com certeza uma ótima diversão para toda a família.
Em um dos melhores desenhos da Disney nos últimos anos, Detona Ralph (John C. Reilly) quer muito ser tão adorado quanto seu adversário de jogo, o Mocinho Conserta Felix (Jack McBrayer). O problema é que ninguém gosta de Bandidos, então após ser humilhado na festa de aniversário do jogo que faz parte, Ralph decide que irá se tornar um herói, ganhando uma medalha e o direito de viver com os outros personagens de seu game, para isso ele parte em sua busca, passando por um moderno jogo de tiro em primeira pessoa, que encara como sua chance para o heroísmo e a felicidade. Ele invade o game, mas não demora a arruinar tudo, libertando sem querer um inimigo mortal que põe em risco todos os jogos do fliperama. A sua única esperança é Vanellope von Schweetz (Sarah Silverman), um “bug” de um jogo de corridas que acabará ensinando a Ralph o que significa ser um Mocinho. Colorido, inventivo e incrívelmente divertido, “Detona Ralph” tem ótimas cenas de ação e uma história que envolve e emociona, sem falar que as referências à games famosos e as várias aparições de personagens de games antigos e novos, divertem, ainda mais o público mais velho, já que as crianças menores ficarão encantadas pelo visual colorido e moderno. Com certeza uma ótima diversão para toda a família.
Wreck-it-Ralph, EUA, 2012 direção Rik Moore com as vozes de John C. Reilly, Sarah Silverman, Jack McBrayer, Jane Lynch distribuição Disney/Buena Vista. 101 minutos. Animação.
As Aventuras de Pi
Nota:10
Ang Lee (O Tigre e o Dragão, O Segredo de Brokeback Mountain) conseguiu de novo, mais uma vez ele pegou uma história simples que na mão de outro diretor daria um filme no máximo mediano e transformou em uma experiência cinematográfica que vale cada minuto. O filme conta a história de Pi Patel (Suraj Sharma), filho do dono de um zoológico na Índia. Após anos cuidando do negócio, a família decide vender o empreendimento para se mudar para o Canadá, onde poderiam vender os animais para recomeçar a vida, mas o cargueiro onde todos viajam acaba naufragando devido a uma terrível tempestade. Pi consegue sobreviver em um bote salva-vidas, mas precisa dividir o pouco espaço disponível com uma zebra, um orangotango, uma hiena e um tigre de bengala chamado Richard Parker. O filme se concentra em sua maior parte na relação entre Pi e Richard Parker, enquanto os dois lutam para sobreviver em mar aberto, com momentos de tensão e drama, pontuados por ótimos momentos de humor e uma história incrível que nos leva a pensar em nossa relação não só com as pessoas que nos cercam, mas com a vida em si e principalmente com Deus. Ang Lee usa o 3D, não como distração, mas como uma ferramenta para contar sua história, concebendo cenas de uma beleza única e de grande impacto. Suraj Sharma se mostra uma bem vinda surpresa, afinal o filme depende de sua atuação para funcionar e ele dá um desempenho incrível, em um filme extremamente tocante que está conquistando as plateias mundo afora e está entre os favoritos para o Oscar desse ano. Ignore o título em português, afinal esse “As Aventuras” faz parecer que é um daqueles filmes tipo “Lassie” ou “Free Willy”, o que ele não é, e embarque nesse filme adulto e inesquecível.
Life Of Pi, EUA, 2012 direção Ang Lee com Suraj Sharma, Irrfan Khan, Tabu, Adil Hussain, Gerard Depardieu e Rafe Spall baseado no livro de Yann Martel. Distribuição Twentieth Century Fox. 127 minutos Drama/Aventura.
 

 
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