 "Michael Bay nasceu pra dirigir Transformers", essa declaração veio de ninguém menos do que Steven Spielberg, o diretor de maior sucesso comercial de todos os tempos e um dos mais talentosos também, e ele não poderia estar mais certo.Quem mais
"Michael Bay nasceu pra dirigir Transformers", essa declaração veio de ninguém menos do que Steven Spielberg, o diretor de maior sucesso comercial de todos os tempos e um dos mais talentosos também, e ele não poderia estar mais certo.Quem maispoderia dirigir um filme sobre a luta de robôs alienígenas gigantes em busca de um cubo que pode ou lhes devolver seu planeta natal ou na pior das hipóteses transformar todos os aparelhos eletrônicos em um exército exterminador colocando todo o universo em perigo?
O diretor de E.T. O Extra Terrestre e Jurassic Park, passou o projeto diretamente para as mãos de Bay, então conhecido por filmes explosivos e violentos (e odiados pela crítica) como os dois Bad Boys, Armageddon e A Rocha. O próprio Bay não acreditava muito no projeto, mostrando desinteresse em adaptar o clássico desenho dos anos 80 para a tela grande." Não
Conseguia sequer imaginar como fazer um filme com robôs de desenho animado - acho que ninca assisti Transformers na minha vida" chegou a declarar o diretor, foi quando Spielberg explicou que o projeto não era sobre robôs gigantes se arrebentando: era sobre um garoto e como ele amadurece, sobre a passagem da adolescência para a idade adulta, sobre como como algo extraordinário pode acelerar essa transição, um tema parecido com outras produções de Spielberg, como E.T. e De Volta Para O Futuro.
"Transformers" apesar de ter seu grande atrativo nos impressionantes efeitos visuais (o melhor trabalho da Industrial Light & Magic desde Jurassic Park) que transformam a Terra em um grande campo de batalha, não seria tão bem sucedido caso não houvesse bom humor e personagens humanos que cativassem e mantivessem o filme dentro de um âmbito mais realista e é nesse ponto que entra a outra grande estrela do filme, Shia LeBeouf, a nova sensação de Hollywood que vinha pavimentando uma carreira sólida como coadjuvante em grandes produções como Eu, Robô (2004) e Constantine (2005) e que garantiu seu primeiro sucesso solo com o ainda inédito Paranóia (mais de U$ 60 milhões arrecadados na temporada pré-verão nos EUA). O ator pode não ter o perfil de um protagonista usual, mas brilha como o nerd, que ganha um carro do pai, esperando assim se dar bem com as garotas, e é por causa dele que o filme não se leva tão a sério, como a maioria dos filmes-pipoca infelizmente faz, tratando alguns diálogos de maneira deliciosamente irônica e mantendo sempre o espírito "sessão da tarde do filme".
Despretensioso, barulhento e vertiginoso Transformers é tão legal que a gente esquece que Michael Bay um dia cometeu atrocidades como Pearl Harbor, e nos lembramos de como ele consegue ser talentoso quando está fazendo o que sabe melhor: cenas de ação de tirar o folêgo e que vão muito bem com pipoca e refrigerante. Afinal quem disse que cinema não pode ser
simplesmente divertido e escapista. Nota: 9,5
Transformers, EUA, 2007 dirigido por Michael Bay produzido por Don Murphy, Tom DeSanto, Lorenzo di Bonaventura e Ian Bryce roteiro de Robert Orci e Alex Kurtzman história de John Rogers e Robert Orci & Alex Kurtzman produtores executivos: Steven Spielberg, Michael Bay, Brian Goldner e Mark Vahradian com Shia Lebouf, Tyrese Gibson, Josh Duhamel, Anthony Anderson, Megan Fox, Rachael Taylor, John Turturro e Jon Voight. 143 min. Ação.
 
 
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